E quando a gente dá tanto… e recebe tão pouco?

Tem dias em que parece que tudo depende de mim. Como se fosse minha responsabilidade manter a casa em ordem, os filhos bem, o casamento em pé e ainda resolver os erros dos outros. Como se o mundo ao meu redor só funcionasse porque eu estou ali, centralizando tudo, controlando tudo — e, no fundo, me desgastando em silêncio.
Essa carga emocional que a gente carrega tem nome: sobrecarga mental, culpa materna, perfeccionismo feminino — tudo isso que vai se infiltrando na rotina e se tornando “normal”, quando não deveria ser.
Eu comecei esse blog como uma forma de me ouvir, me entender, me cuidar. E escrever aqui, abrir o peito, é o meu jeito de lembrar que eu também sou humana. Que eu não preciso dar conta de tudo. Que tá tudo bem pedir ajuda. Que dividir o peso é também um ato de coragem.
Se você também sente esse peso que ninguém vê, deixa eu te dizer uma coisa importante: você merece leveza. Você merece apoio. Você não precisa se responsabilizar por tudo.
Talvez a gente nunca consiga se livrar completamente desse impulso de querer resolver o mundo. Mas aos poucos, com afeto, com consciência, com rede de apoio (mesmo que virtual), dá pra aprender a respirar mais leve. E isso já é um recomeço.
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