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E quando a gente dá tanto… e recebe tão pouco?

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Me diz, você já se sentiu assim? Como se tudo que você faz nunca fosse o bastante… ou, pior, como se ninguém percebesse o quanto você se doa? Eu me sinto assim. Mais vezes do que gostaria de admitir. E, sempre acabo me sentindo sozinha. Se eu vou pra cozinha, faço questão de caprichar. Escolho com cuidado os ingredientes, penso no que cada um gosta, tempero com amor, porque, pra mim, cuidar é uma forma de amar. Se limpo a casa, não é só pra ficar apresentável. Eu quero ver o branco voltar a ser branco, quero sentir aquele cheirinho de casa limpa, de cuidado, de aconchego. Porque eu não sei fazer de qualquer jeito. Nunca soube. E, ainda assim... tem dias que o peso vem. Vem quando percebo que o café — aquele café que tanto me faz bem — tá acabando… e fico esperando, quase na esperança boba, que alguém perceba e compre. Que alguém se lembre que isso também é amor. Vem quando vejo que, se alguém resolve "ajudar" na faxina, o pó dos móveis fica lá. E eu me pergunto: será qu...

O Milagre da Adoção e a Alegria Pela Felicidade do Outro

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Hoje eu precisei de um sinal. Um só. Um respiro de esperança em meio aos desafios da maternidade, da vida corrida, das incertezas que insistem em rondar o meu coração. E ele veio — não exatamente para mim, mas por meio da alegria de uma amiga. Conheço há tempos uma mulher forte. Daquelas que a gente encontra na caminhada e guarda no coração. Ela estava há mais de seis anos na fila da adoção. Seis. Anos. Imagine o quanto se espera, sonha, se frustra e recomeça nesse tempo. Conversamos muito sobre nossos filhos: eu recebi o meu e ela continuou aguardando, firme, mesmo quando a fé balançava. Há uma semana ela estava se sentindo profundamente angustiada. Estava cansada, exausta emocionalmente. Achava que talvez fosse hora de desistir. Quem sou eu para julgar? Esperei menos tempo (quatro anos e quase três meses) e já quase sucumbi em alguns dias. A dor de quem espera um filho que ainda não pode abraçar é real, é intensa e muitas vezes silenciosa. Mas foi então que algo mudou. Ela sonhou...

Acreditar é preciso: como pequenos sinais mostram que não estamos sozinhas

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Nem sempre é fácil caminhar. Tem dias que a gente se sente sem forças, sem coragem, sem fé. E é nessas horas que acreditar se torna um gesto de resistência. Acreditar em algo maior. Acreditar em nós mesmas. Acreditar que, mesmo quando tudo parece perdido, o universo está se movendo a nosso favor, silenciosamente. Esses dias, me peguei lembrando de uma fase difícil da minha juventude. Eu tinha por volta de vinte anos e eu e minha irmã mais nova tomavamos conta de duas crianças. A situação em casa era apertada. Eu não costumava pedir dinheiro aos meus pais, então me virava para conseguir aquilo que eu preciva. Certa vez, eu estava sem nenhum tostão e precisava de uma coisa simples: desodorante. Pode parecer banal, mas naquele momento era uma necessidade e eu me preocupava com isso — e eu realmente não sabia como iria resolver. Então, algo inesperado aconteceu. A mãe das crianças chegou para buscá-las e, sem que eu tivesse falado absolutamente nada, me entregou alguns frascos de desodoran...