Quando ele me chamou de mãe

Imagem
Sou mãe de um menino de onze anos. Meu menino. Esperto, lindo e cheio de vida. Mas ele carrega nos ombros uma bagagem que não pertence a nenhuma criança. Uma bagagem que o tempo, a fome, a ausência e a solidão colocaram sobre ele. Ele sabe o que é sentir fome. Sabe o que é não ser cuidado. Sabe o que é andar sozinho por aí, indefeso, tendo apenas a si mesmo. Antes de chegar à minha vida pela adoção, ele viveu capítulos que eu daria tudo para reescrever. E talvez por isso, até hoje, tenha dificuldade de me chamar de “mãe”. Essa palavra parece morar numa prateleira alta demais, inalcançável para ele. Mas na madrugada de sábado para domingo, algo aconteceu. Ele estava com febre. Dormia inquieto, murmurando palavras que vinham de algum lugar entre sonho e delírio. Eu estava ali, ao lado dele, cuidando, sentindo sua respiração quente, atenta a cada movimento. E então… aconteceu. Ele me chamou de Mãe . Foi só uma vez. Baixinho. Quase como se fosse para si mesmo. E naquele instante, o ...

Contato

Entre em Contato

Quer compartilhar sua história, trocar experiências ou apenas dizer um oi? Ficarei feliz em te ouvir! 💌

Este blog é um espaço de acolhimento e transformação, e sua participação faz toda a diferença. Se quiser conversar, sugerir temas ou contar um pouco da sua jornada, entre em contato comigo.

📩 E-mail: outrascatastrofes@gmail.com


Vamos juntas nesse processo de cura e renascimento. Te espero! 🔥✨

Postagens mais visitadas deste blog

Do Medo à Liberdade: Uma Jornada de Autoconhecimento e Superação

A Escrita Como Terapia: Uma Voz Sem Rosto, Mas Com Alma

Adoção e Construção de Vínculos: O Dia em Que Vi Meu Filho Pela Primeira Vez