E quando a gente dá tanto… e recebe tão pouco?
Me diz, você já se sentiu assim?
Como se tudo que você faz nunca fosse o bastante… ou, pior, como se ninguém percebesse o quanto você se doa?
Se limpo a casa, não é só pra ficar apresentável. Eu quero ver o branco voltar a ser branco, quero sentir aquele cheirinho de casa limpa, de cuidado, de aconchego. Porque eu não sei fazer de qualquer jeito. Nunca soube.
E, ainda assim... tem dias que o peso vem.
Vem quando percebo que o café — aquele café que tanto me faz bem — tá acabando… e fico esperando, quase na esperança boba, que alguém perceba e compre. Que alguém se lembre que isso também é amor.
Vem quando vejo que, se alguém resolve "ajudar" na faxina, o pó dos móveis fica lá. E eu me pergunto: será que eu sou exigente demais? Ou será que eu só queria, de verdade, que me devolvessem um pouquinho do cuidado que eu ofereço todos os dias?
A verdade, amiga, é que a gente aprendeu desde cedo a se doar. A cuidar. A ser o pilar, o colo, o abraço, o suporte da casa, dos filhos, do casamento... da vida de todo mundo.
Se hoje você se sente assim, eu te acolho. Eu te abraço, daqui, com todo meu carinho. Porque eu sei. Eu também sinto. E não, você não está sozinha.
A gente não nasceu pra ser sobrecarga. A gente nasceu pra ser inteira.
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