E quando a gente dá tanto… e recebe tão pouco?

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Me diz, você já se sentiu assim? Como se tudo que você faz nunca fosse o bastante… ou, pior, como se ninguém percebesse o quanto você se doa? Eu me sinto assim. Mais vezes do que gostaria de admitir. E, sempre acabo me sentindo sozinha. Se eu vou pra cozinha, faço questão de caprichar. Escolho com cuidado os ingredientes, penso no que cada um gosta, tempero com amor, porque, pra mim, cuidar é uma forma de amar. Se limpo a casa, não é só pra ficar apresentável. Eu quero ver o branco voltar a ser branco, quero sentir aquele cheirinho de casa limpa, de cuidado, de aconchego. Porque eu não sei fazer de qualquer jeito. Nunca soube. E, ainda assim... tem dias que o peso vem. Vem quando percebo que o café — aquele café que tanto me faz bem — tá acabando… e fico esperando, quase na esperança boba, que alguém perceba e compre. Que alguém se lembre que isso também é amor. Vem quando vejo que, se alguém resolve "ajudar" na faxina, o pó dos móveis fica lá. E eu me pergunto: será qu...

Como criar filhos emocionalmente fortes quando nem sempre nos sentimos assim?

Emocionalmente saudavel

Se tem algo que sempre questionei sobre a minha maternidade foi: "Será que eu sou, emocionalmente, equilibrada o suficiente para criar um filho emocionalmente saudável?" 

A maternidade nos coloca frente a frente com nossas próprias feridas, inseguranças e limitações. E, num mundo que parece cada vez mais acelerado, indiferente e, muitas vezes, cruel... como proteger? Como fortalecer? Como preparar nosso filho para tudo isso, sem sufocar, sem superproteger, mas também sem largar no mundo de qualquer jeito? Como fazê-lo entender que sofrimentos surgem, passam e que eles não podem determinar quem ele é ou será? Como mostrar que palavras cruéis não o definem? Como fazê-lo acreditar que é capaz de se superar e conquistar grandes coisas?

Confesso… eu não tenho todas as respostas.
Mas tem algo que eu faço, todos os dias, desde que me tornei mãe - aliás, fazia mesmo antes da chegada dele: eu oro.
Peço para que Deus me dê sabedoria, clareza, paciência e força. Peço que eu supere minhas próprias questões para que elas não influenciem negativamente as dele. Porque, se tem uma verdade nessa jornada, é que não dá para oferecer o que a gente não tem.

Eu luto — todos os dias — para me tornar uma mulher mais equilibrada emocionalmente. E essa luta não é só por mim. É, principalmente, por ele... meu filho.

Quero que ele cresça sabendo que tudo bem sentir. Que não precisa ser forte o tempo todo. Que pode falar sobre suas dores, seus medos e seus sentimentos — sem julgamento.

Mas, para isso, eu também precisei (e ainda preciso) aprender isso. Porque, na nossa geração, falar de saúde mental, emoções e limites ainda é algo novo, muitas vezes tratado como "frescura", "drama" ou "fraqueza".

E talvez você, que está lendo esse texto agora, também esteja passando por isso. Talvez também esteja se perguntando se está dando conta, se está fazendo certo, se está conseguindo ser essa base segura para seus filhos.

Se eu puder te dizer algo hoje, é:
✨ Você não precisa ser perfeita.
✨ Você só precisa estar disposta a se cuidar, se observar e, aos poucos, se transformar.
✨ Cuidar da sua saúde emocional é, sim, cuidar dos seus filhos.

Sei que não é fácil. E sei que muitas vezes dá um nó na garganta, uma vontade de sumir ou um medo enorme de errar. Um medo de não conseguir.
Mas respira. Você vai conseguir. Você não está sozinha.

Se esse texto fez sentido para você, compartilha aqui nos comentários. Vamos transformar esse espaço em uma rede de acolhimento, apoio e trocas sinceras entre mulheres que, como eu e você, estão tentando todos os dias fazer o melhor que podem.


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