E quando a gente dá tanto… e recebe tão pouco?

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Me diz, você já se sentiu assim? Como se tudo que você faz nunca fosse o bastante… ou, pior, como se ninguém percebesse o quanto você se doa? Eu me sinto assim. Mais vezes do que gostaria de admitir. E, sempre acabo me sentindo sozinha. Se eu vou pra cozinha, faço questão de caprichar. Escolho com cuidado os ingredientes, penso no que cada um gosta, tempero com amor, porque, pra mim, cuidar é uma forma de amar. Se limpo a casa, não é só pra ficar apresentável. Eu quero ver o branco voltar a ser branco, quero sentir aquele cheirinho de casa limpa, de cuidado, de aconchego. Porque eu não sei fazer de qualquer jeito. Nunca soube. E, ainda assim... tem dias que o peso vem. Vem quando percebo que o café — aquele café que tanto me faz bem — tá acabando… e fico esperando, quase na esperança boba, que alguém perceba e compre. Que alguém se lembre que isso também é amor. Vem quando vejo que, se alguém resolve "ajudar" na faxina, o pó dos móveis fica lá. E eu me pergunto: será qu...

Quando Dizer “Não” é um Ato de Coragem: Reflexões de uma Mulher que Está se (Re)conhecendo

Pensativa

A maternidade me mudou. O casamento me desafia. E, muitas vezes, o trabalho me esgota.

Sou mulher, esposa, mãe… e alguém que está tentando, dia após dia, não se perder de si mesma.

Nos últimos tempos, tenho usado a escrita como uma forma de terapia — um jeito de me ouvir no meio do barulho do mundo. Revisitar antigas crenças, refazer caminhos e romper padrões que já não me cabem tem sido tão necessário quanto doloroso. Nem sempre é fácil se encarar com honestidade.


Dizer “não” ainda me custa caro

Dizer “não” para os outros, quando isso significa dizer “sim” para mim, tem sido um desafio enorme. Sinto culpa. Sinto medo. Sinto como se estivesse falhando.

Deixar o trabalho no trabalho parece uma meta inalcançável. Mesmo quando o expediente termina, minha mente continua ligada, preocupada, produtiva — como se a minha existência dependesse disso. Já trabalhei em fins de semana que não exigiam minha presença. Já adiei descansos que meu corpo implorava. Já aceitei mais do que eu deveria. Tudo por medo de desagradar. De não ser “boa o suficiente”.

E, no fundo, por medo de mudar.


Quando o trabalho adoece

Abandonar o trabalho que tem me adoecido não é uma escolha simples. Carrego o receio de não dar certo em outro lugar. Me pergunto se mereço uma vida mais leve. Me questiono se sou realmente capaz de viver algo diferente — algo mais alinhado com a minha saúde mental, com meu tempo, com o que sou.

Às vezes, a impressão que tenho é que nada vai dar certo. Que o fracasso é inevitável. Que sou pequena demais para grandes voos.

Mas será mesmo?


Você também se sente assim?

Se você está lendo isso e sente um nó apertado no peito… se já pensou em desistir… se também acredita que não merece as coisas boas da vida: eu te entendo. De verdade.
E te digo com todo carinho: você merece. Você é capaz. E não está sozinha.

Nem sempre conseguimos mudar tudo de uma vez. Mas podemos começar aos poucos — um “não” de cada vez, uma pausa merecida, uma escolha mais leve, um texto como este.


A escrita tem sido minha forma de renascer

Através das palavras, vou me resgatando. Compartilho minhas dores porque sei que, em algum lugar, outra mulher também está tentando se reerguer. E, se minha voz encontrar a sua, já valeu a pena.

Se você chegou até aqui, respire fundo. Reconheça sua coragem. Mesmo nas dúvidas, você está buscando por algo melhor. E isso já é grandioso.



💬 Me conta nos comentários: o que tem sido difícil pra você ultimamente? Vamos juntas transformar dor em força.

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