Quando ele me chamou de mãe

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Sou mãe de um menino de onze anos. Meu menino. Esperto, lindo e cheio de vida. Mas ele carrega nos ombros uma bagagem que não pertence a nenhuma criança. Uma bagagem que o tempo, a fome, a ausência e a solidão colocaram sobre ele. Ele sabe o que é sentir fome. Sabe o que é não ser cuidado. Sabe o que é andar sozinho por aí, indefeso, tendo apenas a si mesmo. Antes de chegar à minha vida pela adoção, ele viveu capítulos que eu daria tudo para reescrever. E talvez por isso, até hoje, tenha dificuldade de me chamar de “mãe”. Essa palavra parece morar numa prateleira alta demais, inalcançável para ele. Mas na madrugada de sábado para domingo, algo aconteceu. Ele estava com febre. Dormia inquieto, murmurando palavras que vinham de algum lugar entre sonho e delírio. Eu estava ali, ao lado dele, cuidando, sentindo sua respiração quente, atenta a cada movimento. E então… aconteceu. Ele me chamou de Mãe . Foi só uma vez. Baixinho. Quase como se fosse para si mesmo. E naquele instante, o ...

Música, Maternidade e Emoções: Um Respiro Científico e Afetivo no Meio do Caos

Já ouviu música, hoje?

Você já ouviu música hoje?

Pode parecer uma pergunta simples. Mas, quando você é mulher, mãe, esposa, trabalhadora e guerreira de si mesma todos os dias, ela ganha um novo peso.

Esses dias tenho vivido momentos de profunda oscilação emocional. Me sinto como se estivesse à deriva: entre cansaços que não dormem, desânimos que não explicam, e uma tristeza que bate na porta mesmo quando a vida segue.

Luto todos os dias para não me entregar a esses sentimentos. E nesse processo de (re)construção, tenho tentado me agarrar às pequenas coisas que me fazem bem.

Hoje, por exemplo, fui trabalhar ouvindo música. Parece pouco, mas me fez um bem enorme.


A ciência confirma: música transforma o cérebro e as emoções

Você sabia que ouvir música ativa áreas do cérebro ligadas ao prazer, à memória e até à regulação emocional? Estudos de neurociência mostram que a música pode:

  • Reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse

  • Estimular a liberação de dopamina, substância associada ao prazer e à motivação

  • Melhorar o humor, especialmente em quadros leves de ansiedade e depressão

  • Aumentar a concentração e a criatividade

  • Promover sensação de acolhimento e pertencimento, mesmo quando estamos sozinhas

Ou seja, quando você dá o play naquela música que te toca fundo, não é só o seu coração que sente — seu cérebro responde, seu corpo alivia, e sua alma suspira.


Música é autocuidado possível

No meio da maternidade exaustiva, da sobrecarga invisível e do peso que tantas de nós carregamos em silêncio, às vezes um gesto simples pode ser revolucionário.

Colocar uma música e permitir-se sentir. Dançar, mesmo que só com os olhos. Respirar mais fundo. Lembrar que você ainda está aqui, viva.

Porque você merece esse carinho. Mesmo que o mundo insista em te esquecer, você pode se lembrar de si mesma.


Para te acompanhar nos dias difíceis...

Se quiser experimentar músicas que ajudam a regular o humor e acalmar a mente, aqui vão alguns canais no YouTube que valem muito a pena:

Se preferir Spotify, procure por playlists como:
🔹 "Música para alma cansada"
🔹 "Relaxar e respirar"
🔹 "Autocuidado feminino"

Um lembrete para você

Se você anda oscilando, chorando sozinha no banheiro, se perguntando quem você é por trás das demandas... respire. Você não está sozinha. Aqui, neste blog, tem uma mulher que também sente tudo isso — e que escreve para te acolher.

Não se deixe desanimar. Não se dê por vencida.
Dê o play. Dance. Chore ouvindo aquela música que te lembra de você.
Você ainda está aí. E isso já é uma vitória.

“Renascer dói. Mas viver pela metade dói mais.”

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