Quando ele me chamou de mãe

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Sou mãe de um menino de onze anos. Meu menino. Esperto, lindo e cheio de vida. Mas ele carrega nos ombros uma bagagem que não pertence a nenhuma criança. Uma bagagem que o tempo, a fome, a ausência e a solidão colocaram sobre ele. Ele sabe o que é sentir fome. Sabe o que é não ser cuidado. Sabe o que é andar sozinho por aí, indefeso, tendo apenas a si mesmo. Antes de chegar à minha vida pela adoção, ele viveu capítulos que eu daria tudo para reescrever. E talvez por isso, até hoje, tenha dificuldade de me chamar de “mãe”. Essa palavra parece morar numa prateleira alta demais, inalcançável para ele. Mas na madrugada de sábado para domingo, algo aconteceu. Ele estava com febre. Dormia inquieto, murmurando palavras que vinham de algum lugar entre sonho e delírio. Eu estava ali, ao lado dele, cuidando, sentindo sua respiração quente, atenta a cada movimento. E então… aconteceu. Ele me chamou de Mãe . Foi só uma vez. Baixinho. Quase como se fosse para si mesmo. E naquele instante, o ...

Reinventando o Caminho: A Coragem de Escolher a Si Mesma

Reiventando  o caminho

Sexta-feira - 28/03/2025 (sim, é uma data recente porque assim como você ainda estou no processo de cura e há muitas coisas para rever), vivi um daqueles momentos que fazem a gente parar e repensar tudo. Durante uma reunião na empresa, senti um estalo no coração: se eu quiser ter qualidade de vida, preciso me reinventar, rever meus passos e, principalmente, criar coragem para pedir demissão. A constatação não veio fácil. Eu gosto das pessoas ao meu redor no trabalho, mas percebi que, no fim do dia, a minha vida e a minha família precisam ser prioridade.

No dia seguinte, acordei com o peso dessa decisão. Senti minha energia drenada, como se tivessem jogado um balde de água fria em mim. O medo do desconhecido bateu forte, e a insegurança tentou tomar conta. Mas sabe o que eu percebi? Isso faz parte do processo. Mudanças são assustadoras, e nosso coração oscila entre o desejo de liberdade e o apego ao que já conhecemos.

Se você já passou ou está passando por isso, quero te dizer: você não está sozinha. Quantas de nós já se pegaram exaustas, carregando um fardo que não nos pertence mais? Quantas vezes colocamos os outros antes de nós mesmas, ignorando os sinais do nosso corpo e da nossa alma?

Aqui no blog, compartilho minha jornada de ressignificação e cura. Escrever é minha terapia, um espaço onde transformo dores em aprendizado e, principalmente, em acolhimento. Falo sobre casamento, maternidade e os desafios do dia a dia, porque sei que muitas mulheres enfrentam as mesmas lutas silenciosas.

Se você chegou até aqui, talvez esteja buscando respostas. Talvez esteja precisando de um empurrãozinho para priorizar sua felicidade. Quero te dizer que você merece uma vida leve, alinhada com seus valores e sonhos. Sim, o medo existe, mas a liberdade que vem depois dele é imensurável.

E se você ainda tem dúvidas, faça a si mesma essa pergunta: estou vivendo ou apenas sobrevivendo? Se a resposta não te satisfaz, talvez seja hora de mudar. Você merece ser protagonista da sua história.


Se esse texto fez sentido para você, compartilhe com outras mulheres. Vamos juntas construir uma rede de apoio, acolhimento e coragem. Porque juntas, somos mais fortes!

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