E quando a gente dá tanto… e recebe tão pouco?

Imagem
Me diz, você já se sentiu assim? Como se tudo que você faz nunca fosse o bastante… ou, pior, como se ninguém percebesse o quanto você se doa? Eu me sinto assim. Mais vezes do que gostaria de admitir. E, sempre acabo me sentindo sozinha. Se eu vou pra cozinha, faço questão de caprichar. Escolho com cuidado os ingredientes, penso no que cada um gosta, tempero com amor, porque, pra mim, cuidar é uma forma de amar. Se limpo a casa, não é só pra ficar apresentável. Eu quero ver o branco voltar a ser branco, quero sentir aquele cheirinho de casa limpa, de cuidado, de aconchego. Porque eu não sei fazer de qualquer jeito. Nunca soube. E, ainda assim... tem dias que o peso vem. Vem quando percebo que o café — aquele café que tanto me faz bem — tá acabando… e fico esperando, quase na esperança boba, que alguém perceba e compre. Que alguém se lembre que isso também é amor. Vem quando vejo que, se alguém resolve "ajudar" na faxina, o pó dos móveis fica lá. E eu me pergunto: será qu...

Quem Está ao Seu Lado nas Tempestades?

Quem está ao seu lados nas tempestades

Já reparou como a solidão pode se infiltrar silenciosamente na nossa vida? Quando criança, eu era falante, cheia de energia, me envolvia com outras crianças facilmente. Mas algo mudou. Aos sete anos, quase sem perceber, fui me fechando. No colégio, passei a interagir um pouco mais com os meus colegas, mas não o suficiente para construir laços que se tornariam permanentes por toda vida.

Talvez você esteja se perguntando: Mas você não tem amigos? Tenho, sim. Mas fui me acostumando tanto a guardar tudo para mim que raramente conseguia compartilhar minhas dores e angústias. A única amiga que conseguia me fazer desabafar partiu cedo demais, vítima de um acidente. E só depois, com a chegada do meu filho, percebi o tamanho do vazio que essa ausência deixou.

A maternidade é um furacão de emoções. Entre noites mal dormidas, inseguranças e desafios diários, senti na pele o peso da solidão. Não é só sobre cansaço físico, é sobre a falta de alguém que te olhe nos olhos e diga: "Eu te entendo, estou aqui com você".

Se tem algo que aprendi, é que ninguém deveria enfrentar as tempestades da vida sozinho. Cerque-se de pessoas que te acolham de verdade. Que saibam ouvir sem julgar, apoiar sem questionar. Gente que esteja ao seu lado, não apenas nos dias de sol, mas principalmente nas tempestades.


Passe a se perguntar. Mas como posso encontrar essas pessoas? Como posso construir amizades verdadeiras e duradouras? Aqui estão algumas reflexões para te ajudar nesse processo:

  • Você tem permitido que as pessoas realmente conheçam quem você é?
  • Quando alguém se abre com você, você escuta com empatia ou apenas espera sua vez de falar?
  • Quais foram as últimas vezes em que você demonstrou interesse genuíno pela vida de alguém
  • Você está cercado por pessoas que te fortalecem ou que te drenam emocionalmente?
  • O que você tem feito para cultivar as amizades que já possui?


Se hoje você sente essa solidão, saiba que não está só. Busque conexões reais, ainda que pareçam difíceis. Às vezes, a amizade que precisamos está onde menos imaginamos. E lembre-se: você também pode ser esse porto seguro para alguém.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Do Medo à Liberdade: Uma Jornada de Autoconhecimento e Superação

A Escrita Como Terapia: Uma Voz Sem Rosto, Mas Com Alma

Adoção e Construção de Vínculos: O Dia em Que Vi Meu Filho Pela Primeira Vez