E quando a gente dá tanto… e recebe tão pouco?

Quem me conhece sabe que dificilmente falo sobre minha vida pessoal. Mas, vez ou outra, sinto a necessidade de abrir meu coração — não por mim apenas, mas por tantas outras mulheres que talvez estejam passando por algo parecido e precisem se sentir menos sozinhas.
Segunda-feira foi um desses dias.
Enquanto esperava o ônibus, aproveitei para ler algumas postagens no grupo de apoio à adoção do qual faço parte. Às vezes consigo responder, acolher, ajudar. E, nesse momento de pausa, me veio uma lembrança forte: o início da minha jornada como mãe por adoção.
A maioria dessas famílias é marcada por negligência, violência, abandono — mas ainda assim, para essas crianças, eram o que elas conheciam como “família”. Eram as pessoas que elas aprenderam a amar, mesmo que isso não faça sentido.
Adoção não é um conto de fadas. Ela existe porque é necessária, e não porque é linda ou emocionante.
E por isso quero deixar aqui um pedido sincero, especialmente para quem convive com alguém que está em processo de adoção, convivência ou adaptação:
💔 Desenvolva uma mentalidade adotiva, mesmo que você não vá adotar.
Acolha. Apoie. Ofereça um ouvido atento. Dê colo, sem julgamento. Pergunte como pode ajudar. Entenda que essa criança, tão pequena e frágil, já viveu mais dor do que muitos adultos.
Se você não sabe o que dizer, apenas ouça. Isso já é muito.
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